segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Desfile - 7 de setembro

              No dia 07/09/2013, realizou-se o Desfile Cívico e Comemorativo do Centenário de Orleans e o tema: "A Captura dos Últimos Membros da Tribo Carijós na Comunidade de Três Barras" representado pela EEB Martha Cláudio Machado, teve por objetivo mostrar os hábitos e costumes dos primeiros habitantes do município de Orleans.
                 Abaixo segue o texto referente a apresentação:



A Captura dos Últimos Membros da Tribo Carijós na Comunidade de Três Barras


No início, a região Sul de nosso país era ocupada pelos índios da nação Carijó, também chamados de Patos pelos portugueses e espanhóis.
Com relação ao município de Orleans, os primeiros habitantes destas terras foram os índios Botocudos, também chamados de bugres pelos colonos. A denominação Botocudo deve-se ao fato de furarem o lábio inferior.
Estes nativos viviam seminus ou totalmente despidos, enfeitavam-se com penas e protegiam o corpo com peles. Alimentavam-se dos produtos da caça, pesca e coleta. Suas habitações eram humildes, uma vez que construíam cabanas cobertas de palha, com dois planos pendentes. Dormiam em esteiras ou no chão, com os pés voltados à fogueira. Fabricavam arcos de madeira, flechas com ponta de madeira preta, pedra lascada e, raramente, de ferro.
No começo da colonização, a relação com os índios era pacífica. Com o passar dos anos, iniciou o clima de terror, que conforme relatos os bugres atacavam com o intuito de roubar ferramentas que os colonos utilizavam nas lavouras.
Com o extermínio das tribos, a destruição da floresta e a perseguição realizada pelos colonos, fazendeiros e bugreiros, durante 30 anos acreditava-se que não havia mais índios nesta região.
Porém, em 1954, a notícia da presença de uma família de bugres Botocudos espalhou-se. O contato foi estabelecido com ajuda de dois bugres mansos do serviço de proteção ao índio, com sede em Curitiba. Que ao chegar ao local avistaram os três bugres sentados: Japru, Gapen e Canharã. A eles foi entregue presentes: cobertores, camisetas, facão, farinha e carne.
A partir de então, começou a vir pessoas de muitos lugares para verem os últimos bugres, davam presentes e queriam levar algo de lembrança.
Após algumas semanas, que moravam no rancho Gapen e Japru ficaram doentes e faleceram.
O rapaz- Canharã- morou por mais seis meses em Três Barras, na companhia dos dois bugres mansos e depois foi levado para a Reserva Indígena do município de Matos Costa e não se teve mais notícia.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DALL’ALBA, João Leonir. Pioneiros nas terras dos condes. 2. ed. Orleans: Gráfica do Lelo, 2003.
LOTTIN, Jucely. Orleans e História. Orleans: Copiart, 2009.




Fotos:


































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