No dia 07/09/2013, realizou-se o Desfile Cívico e Comemorativo do Centenário de Orleans e o tema: "A Captura dos Últimos Membros da Tribo Carijós na Comunidade de Três Barras" representado pela EEB Martha Cláudio Machado, teve por objetivo mostrar os hábitos e costumes dos primeiros habitantes do município de Orleans.
Abaixo segue o texto referente a apresentação:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A Captura dos Últimos
Membros da Tribo Carijós na Comunidade de Três Barras
No
início, a região Sul de nosso país era ocupada pelos índios da nação Carijó,
também chamados de Patos pelos portugueses e espanhóis.
Com
relação ao município de Orleans, os primeiros habitantes destas terras foram os
índios Botocudos, também chamados de bugres pelos colonos. A denominação Botocudo
deve-se ao fato de furarem o lábio inferior.
Estes
nativos viviam seminus ou totalmente despidos, enfeitavam-se com penas e
protegiam o corpo com peles. Alimentavam-se dos produtos da caça, pesca e
coleta. Suas habitações eram humildes, uma vez que construíam cabanas cobertas
de palha, com dois planos pendentes. Dormiam em esteiras ou no chão, com os pés
voltados à fogueira. Fabricavam arcos de madeira, flechas com ponta de madeira
preta, pedra lascada e, raramente, de ferro.
No começo
da colonização, a relação com os índios era pacífica. Com o passar dos anos,
iniciou o clima de terror, que conforme relatos os bugres atacavam com o
intuito de roubar ferramentas que os colonos utilizavam nas lavouras.
Com
o extermínio das tribos, a destruição da floresta e a perseguição realizada
pelos colonos, fazendeiros e bugreiros, durante 30 anos acreditava-se que não
havia mais índios nesta região.
Porém,
em 1954, a notícia da presença de uma família de bugres Botocudos espalhou-se.
O contato foi estabelecido com ajuda de dois bugres mansos do serviço de
proteção ao índio, com sede em Curitiba. Que ao chegar ao local avistaram os
três bugres sentados: Japru, Gapen e Canharã. A eles foi entregue presentes:
cobertores, camisetas, facão, farinha e carne.
A
partir de então, começou a vir pessoas de muitos lugares para verem os últimos
bugres, davam presentes e queriam levar algo de lembrança.
Após
algumas semanas, que moravam no rancho Gapen e Japru ficaram doentes e
faleceram.
O rapaz-
Canharã- morou por mais seis meses em Três Barras, na companhia dos dois bugres
mansos e depois foi levado para a Reserva Indígena do município de Matos Costa
e não se teve mais notícia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DALL’ALBA, João Leonir. Pioneiros nas
terras dos condes. 2. ed. Orleans: Gráfica do Lelo, 2003.
LOTTIN, Jucely. Orleans
e História. Orleans: Copiart, 2009.
Fotos: